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domingo, 19 de julho de 2009

DAR TEMPO AO TEMPO

Pode-se ressaltar que, atualmente, uma das palavras mais intrigantes em nossa sociedade seja “TEMPO”. Quando se professa tal termo o desejo que se reflete em nosso âmago é, inegavelmente, família, amigos, amores, enfim, diversão. Porém, no mundo em que vivemos, onde tudo se torna objeto comercial, o tempo nos impele ao trabalho, às responsabilidades, às preocupações, talvez até a família, porém, não da forma que queremos.

Nos é transmitida uma idéia de que o futuro não espera, que o tempo é um transeunte efêmero e indomável, que para acompanhá-los devemos “dar duro na vida,” trabalhando incessantemente para que na velhice possamos desfrutar dos bens granjeados em nossa juventude. Quanto mais o TEMPO passa mais abreviam o nosso tempo, cobrando-se de nós maiores habilidades que nos tornam melhores profissionais e piores seres humanos.

Mas, é uma constante que nossa vida não acontece no futuro, o TEMPO de viver sempre será Agora, no Hoje; estejamos certos de que haverá um tempo em que o próprio tempo não nos impelirá ao trabalho e às responsabilidades, e nossas preocupações quanto à família, amigos, amores e a nós mesmos só nos arremessarão a inevitáveis arrependimentos por não termos aproveitado nosso tempo ”em quanto era TEMPO.”

Desfrutemos de nossa juventude, não nos preocupemos; ou nos preocupemos, sabendo que de nada adiantará. Trabalhemos direcionando nossos esforços para o hoje, pois, é o único tempo realmente apalpável. Sejamos o que for, desde que sejamos o que queremos ser; e para nosso bem e de quem amamos:
Vivamos plenamente!

Tiago Nóbrega
22 de junho de 2009.

O INCÔMODO CONFORMISMO

Em nossa sociedade contemporânea, fundamentada no capitalismo e conseqüente consumismo, vivemos abaulados e condicionados a aceitar idéias e concepções errôneas exatistas que nos são impostas de maneira que não conseguimos recusá-las, pois tememos a “revolta” social da sociedade hipócrita que estamos inseridos, sociedade esta que também anseia à refutação dessas idéias e concepções, mais teme sua fútil ignorância.

Não procuramos se quer “achar que não”, é claro, é bem mais fácil concordarmos com qualquer que seja a coisa, afinal de contas pra que “quebrarmos” nossa cabeça com o que não conseguiremos mudar, estamos sozinhos mesmo. A resistência nos derruba, enfraquece e nos faz sentirmos ínfimos em relação a tudo é a todos, por isso justifica-se não “achar que não” e a acatar tudo da maneira que convêm à hipocrisia social.

Enquanto cômodo nos parecer o conformismo, viveremos enfileirados nesta eterna “linha divisória”, sem a coragem de ultrapassá-la pelo temor da sociedade ou por desconhecer a existência de tal “linha” e do seu poder de adiantar-se a ela por encontrar-se de olhos vendados.

É preciso então que nos unamos, em detrimento de tais idéias e concepções, para que só assim possamos começar a galgar, mesmo que lentamente, na direção de novos ideais e concepções, livres de imposições e próprias de cada ser.

Pedro Castro
11 de junho de 2009